QUASE TODOS / Itirapina-SP

A mesma bactéria que causa a meningite meningocócica provocou a morte de um menino de 2 anos, na última sexta-feira (2), em Itirapina, região Central do Estado de São Paulo.
No laudo, a causa da morte aparece como meningocoquicemia. A diferença é que a bactéria vai para a corrente sanguínea e não para o sistema nervoso central.
A família do menino Pablo denuncia falha no atendimento. Ele foi levado três vezes com febre alta para o Hospital em Itirapina, antes de ser encaminhado para São Carlos. Para o avô, Adão Roder, a internação já deveria ter sido feita antes. “Quando é a vontade de Deus, nenhum médico tira. Às vezes eles poderiam ter salvado o meu neto”, disse.
A secretária de Saúde, Raquel Sanches, diz que a evolução da doença foi muita rápida e que o menino só apresentava sintomas de febre, o que não justificativa a internação. “Essa criança foi atendida pelos nossos pediatras, duas vezes medicada, mas infelizmente é uma bactéria muito potente que levou a essa fatalidade”, explicou.
Na creche onde o menino ficava as aulas não pararam. Como medida preventiva, as crianças, os pais e funcionários foram medicados com um antibiótico específico para essa situação, conforme orienta a Secretaria Estadual de Saúde.
Agora, os moradores precisam ficar atentos para sintomas típicos de meningite, como rigidez na nuca. A recomendação é procurar atendimento médico o mais rápido possível.
A secretária Raquel lembra que as bactérias se transmitem com mais facilidade no inverno. Por isso, é preciso manter os lugares arejados, além de atenção à higiene. “Diante de uma febre, se a mãe vê na pele algumas manchinhas roxas, ela deve procurar imediatamente o serviço de saúde”, destacou.
A família do menino que morreu também foi medicada.

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